segunda-feira, 22 de agosto de 2011
SOMBRA SOCIAL
'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'
'Fingi ser gari por 1 mês e vivi como um ser invisível'
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.
invisíveis, sem nome'.
de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, algunsse aproximavam para ensinar o serviço.
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central..
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.
E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Pode comemorar: Hoje e sempre, Ela merece.
De acordo com o Sistema Internacional de Unidades, o tempo é das sete medidas fundamentais e apesar de passar rápido demais, felizmente, deixa as suas marcas.
A exemplo de uma outra manhã de 1839, também 19 de agosto, que mudaria totalmente a maneira com a qual o homem registraria o tempo no futuro.
Milhares de dispositivos tem sido criados para capturar e contar o tempo, embora nenhum deles tenha sido tão amplamente eficiente em ir além de, senão apenas, aprisionar de maneira temporária a sua medição quanto a fotografia.
François Arago, físico, astrônomo e político Francês, foi seu primeiro padrinho e fez o anúncio oficial na Academia de Ciências e Artes de Paris, onde ninguém imaginaria o quão odiosa e resistente poderia ser a repercussão pública diante de uma idéia capaz de mudar o mundo.
O físico Louis Jacques Daguerre havia desenvolvido um processo capaz de transportar a luz do mundo ‘real’ para dentro de algo que seria chamado depois de grafia visual; ou simplesmente a fotografia que conhecemos hoje.
"O Daguerreotipo"
A audiência da Academia ouvia em silêncio os pormenores de apresentação da notável descoberta, tanto espantada quanto crescentemente reativa. Nascia o Daguerreótipo e a relação do homem com o tempo não seria mais a mesma.
Afinal de contas, como poderia uma pequena caixa de madeira cheia de traquitanas reproduzir a realidade melhor do que os proeminentes artistas da época? Não poderia ser, mas era.
Com o advento de novas técnicas de pintura durante o nascimento do Impressionismo, e cujo foco era exatamente o uso e a transposição da luz, a fotografia não teria uma tarefa fácil em ser aceita. Acredite, após passado o espanto, a idéia era bem mais do que um absurdo. Era uma blasfêmia.
Baudelaire em carne e osso dizia publicamente entre um escândalo e outro, que não considerava a fotografia sequer como uma expressão daquilo que entendia como arte. Não demorou muito para que outros se juntassem ao coro que atribuiria a Daguerre o título de “O Imbecil dos Imbecis” ou como mais comumente era chamado em baixo tom pelos colegas de academia, “L’idiot Nouveau” (O Novo Idiota).
Daguerre havia patenteado sua idéia nos EUA e na Inglaterra, antes de doar sua invenção ao governo Francês, tornando-o de domínio público. Esse gesto, de assegurar-lhe o registro histórico e depois doá-lo para o seu próprio país, parecia ser uma forma silenciosa de expressar o seu crescente desprezo e surpresa diante da agressiva resposta oferecida por seus próprios compatriotas. Mas Daguerre ainda viveria para ver todo o mundo se unir à eles em apenas alguns dias.
Uma lâmina de prata, sensibilizada com vapor de iodo e que, exposta por 20 a 30 minutos dentro de uma câmara escura, poderia converter a reação de iodeto de prata em cristais metalizados de prata. Esses cristais eram o que iriam compor o que se conhece como uma imagem latente. Ou seja, a exposição de áreas com mais luz (ou registros), junto da sub-exposição de outras áreas onde a prata metalizada não era registrada. A revelação desta combinação era exposta em uma imagem por meio da adição de vapor de mercúrio e, Voilá, a foto-grafia estaria devidamente composta.
"A primeira imagem considerada como registro fundamental da fotografia, tirada por Nicéphore Niépce, França, 1825"
Com a incrível repercussão, o Daguerreótipo ganhava terras além-mar e posicionava a França como o epicentro de pesadas retaliações artísticas, filosóficas e até mesmo religiosas, através de duríssimas críticas que pintavam uma cena impossível, grotesca, quase balcânica, ao redor de Daguerre.
Um jornal alemão, o Leipziger Stadtanzeiger, publicaria naquela mesma última semana de Agosto de 1839 o seguinte:
”Deus criou o homem à sua imagem e a máquina construída pelo homem não pode fixar a imagem de Deus. É impossível que Deus tenha abandonado seus princípios e permitido a um francês dar ao mundo uma invenção do Diabo”.(Leipziger Stadtanzeiger ,26.08.1839, p.1)
Não se poderia conceber uma nova concepção da realidade e Daguerre fez valer quaisquer das pressuposições da memética, partindo e convertendo-se de iluminado a anti-Cristo, em questão de horas.
A fotografia então, traria ao homem a capacidade de distorcer o tempo, de eternizá-lo para bem além das interpretações impressionistas de pintores e desenhistas da época.
Embora fossem considerados estes artistas como sendo ambos mecanismos e ápices do registro humano para a época, ainda assim, suas obras eram frutos de uma transposição pessoal daquilo que retratavam. Eram visões sensíveis, leituras, transposições íntimas daquilo que viam.
Não existia, até então, algo realmente puro que fosse capaz de ‘imprimir’ a realidade profunda e explicitamente como ela realmente era, sem a intermediação emocional característicamente humana e sem a qual não se poderia pintar ou desenhar. Naturalmente, tal visão aterrorizaria o paradigma da época. E assim foi.
Além disso, tornar possível ao homem reproduzir a emoção capturada dentro do homem através de seus olhos em um lugar e transpô-la para outras pessoas em outros lugares sem que nada do registro ‘real’ da imagem fosse perdido, sem que nenhuma interpretação ou intermediação de outrem estivesse presente naquela imagem, era algo que só poderia ter a mão do Diabo.
A fotografia, que continuamente se metamorfa em algo bem menos profundo, trouxe uma colaboração profunda e transformadora para a filosofia e todas as outras artes, multiplicando a relação de intimidade do homem com sua capacidade de registrar aquilo que é real, de navegar pelo tempo e de romper a retina do pensamento durante o registro da vida.
Pode comemorar. Hoje é 19 de agosto.
E ela muito merece.
Onde está Wall-e? Encontre-o entre todos os robôs já feitos!
Nesse upgrade Hightech do livro-game Onde está Wally, encontre Wall-e entre centenas de criações da ficção científica. Mais legal do que encontrar o personagem da pixar é reconhecer outros clássicos como o Dalek (dr. Who), Cylons (battlestar galactica), ABC Warrior (Juiz Dredd), B9 (Perdidos no Espaço), Gort e uma centena de outros.
Ah… para ampliar é só clicar na imagem. =P
Cientistas norte-americanos criam um robô capaz de caminhar e correr como humanos
do Meio Bit » Meio Bit de San Picciarelli
O laboratório da Universidade de Michigan tem um hóspede incrível: MABEL.
Mabel é um robô ‘bípede’ sem cabeça e que, por ora, ainda precisa de uma barra direcional para controlar seus exercícios diários de caminhada.
Ele começou a ser construído em 2008, em colaboração com Jonathan Hurst quando ele ainda era um doutorando na no Instituto de Robótica da Carnegie Mellon University, junto de mais dois outros alunos do mesmo PhD, Koushil Sreenath e Hae-Won Park.
Muito poucos robôs tem a capacidade de correr, embora MABEL ainda pareça estar fazendo uma dança da chuva ou algo assim. O que achei bem joinha é que, se não entendi a imagem de maneira equivocada, ele está… de tênis?
A semelhança com movimentos humanos começa a surpreender, à medida que os cientistas descobrem como melhorar ainda mais seus movimentos.
O ‘dorso’ do MABEL, que controla esses movimentos, ainda é bem pesado. Tivesse ele um corpo, nesse momento, seria provavelmente impossível alcançar a velocidade e a dinâmica humanóide de seus movimentos, mostrados no vídeo abaixo:
Sabor amargo trata doenças respiratórias
Sabor amargo trata doenças respiratórias
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
FW: Do que é capaz a Educação e a formação de princípios
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