Louco de Chuva
Um,
Sempre vem,
Depois das três,
Buscar por sonhos perdidos
Na nuvem da cabeça louca
Do poeta mais desvairado que outrora
Melodiava versos ao ritmo da chuva veraneia.
Mas há poesia em chuvas de verão? Certamente,
Só que não de qualquer uma, só das aproveitadas.
Daquelas curtidas com felicidade infantil, sem deixar faltar uma gota.
Das ansiadas pela molecada nos dias quentes, abafados do Amazonas
Em que curumim corre suado da manja. E velhas...
Clamam aos céus os ventos da frescura real.
Nessas horas, cada um é egoísta – mesquinho.
Negam a outros a ajuda solar.
E os sãos ficam loucos.
Desejam cada gota celestial.
Caídas bem devagar.
Uma a
Uma.
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/b/"Não deixes para a tarde o que podes fazer pela manhã"/b/