Se a curiosidade matou o gato, pelo menos ele não morreu ignorante.
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Pode comemorar: Hoje e sempre, Ela merece.

Pode comemorar: Hoje e sempre, Ela merece.:

De acordo com o Sistema Internacional de Unidades, o tempo é das sete medidas fundamentais e apesar de passar rápido demais, felizmente, deixa as suas marcas.

A exemplo de uma outra manhã de 1839, também 19 de agosto, que mudaria totalmente a maneira com a qual o homem registraria o tempo no futuro.

Milhares de dispositivos tem sido criados para capturar e contar o tempo, embora nenhum deles tenha sido tão amplamente eficiente em ir além de, senão apenas, aprisionar de maneira temporária a sua medição quanto a fotografia.

François Arago, físico, astrônomo e político Francês, foi seu primeiro padrinho e fez o anúncio oficial na Academia de Ciências e Artes de Paris, onde ninguém imaginaria o quão odiosa e resistente poderia ser a repercussão pública diante de uma idéia capaz de mudar o mundo.

O físico Louis Jacques Daguerre havia desenvolvido um processo capaz de transportar a luz do mundo ‘real’ para dentro de algo que seria chamado depois de grafia visual; ou simplesmente a fotografia que conhecemos hoje.

Daguerreotipo

"O Daguerreotipo"

A audiência da Academia ouvia em silêncio os pormenores de apresentação da notável descoberta, tanto espantada quanto crescentemente reativa. Nascia o Daguerreótipo e a relação do homem com o tempo não seria mais a mesma.

Afinal de contas, como poderia uma pequena caixa de madeira cheia de traquitanas reproduzir a realidade melhor do que os proeminentes artistas da época? Não poderia ser, mas era.

Com o advento de novas técnicas de pintura durante o nascimento do Impressionismo, e cujo foco era exatamente o uso e a transposição da luz, a fotografia não teria uma tarefa fácil em ser aceita. Acredite, após passado o espanto, a idéia era bem mais do que um absurdo. Era uma blasfêmia.

Baudelaire em carne e osso dizia publicamente entre um escândalo e outro, que não considerava a fotografia sequer como uma expressão daquilo que entendia como arte. Não demorou muito para que outros se juntassem ao coro que atribuiria a Daguerre o título de “O Imbecil dos Imbecis” ou como mais comumente era chamado em baixo tom pelos colegas de academia, “L’idiot Nouveau” (O Novo Idiota).

Daguerre havia patenteado sua idéia nos EUA e na Inglaterra, antes de doar sua invenção ao governo Francês, tornando-o de domínio público. Esse gesto, de assegurar-lhe o registro histórico e depois doá-lo para o seu próprio país, parecia ser uma forma silenciosa de expressar o seu crescente desprezo e surpresa diante da agressiva resposta oferecida por seus próprios compatriotas. Mas Daguerre ainda viveria para ver todo o mundo se unir à eles em apenas alguns dias.

Uma lâmina de prata, sensibilizada com vapor de iodo e que, exposta por 20 a 30 minutos dentro de uma câmara escura, poderia converter a reação de iodeto de prata em cristais metalizados de prata. Esses cristais eram o que iriam compor o que se conhece como uma imagem latente. Ou seja, a exposição de áreas com mais luz (ou registros), junto da sub-exposição de outras áreas onde a prata metalizada não era registrada. A revelação desta combinação era exposta em uma imagem por meio da adição de vapor de mercúrio e, Voilá, a foto-grafia estaria devidamente composta.

Niniepce

"A primeira imagem considerada como registro fundamental da fotografia, tirada por Nicéphore Niépce, França, 1825"

Com a incrível repercussão, o Daguerreótipo ganhava terras além-mar e posicionava a França como o epicentro de pesadas retaliações artísticas, filosóficas e até mesmo religiosas, através de duríssimas críticas que pintavam uma cena impossível, grotesca, quase balcânica, ao redor de Daguerre.

Um jornal alemão, o Leipziger Stadtanzeiger, publicaria naquela mesma última semana de Agosto de 1839 o seguinte:

”Deus criou o homem à sua imagem e a máquina construída pelo homem não pode fixar a imagem de Deus. É impossível que Deus tenha abandonado seus princípios e permitido a um francês dar ao mundo uma invenção do Diabo”.(Leipziger Stadtanzeiger ,26.08.1839, p.1)

Não se poderia conceber uma nova concepção da realidade e Daguerre fez valer quaisquer das pressuposições da memética, partindo e convertendo-se de iluminado a anti-Cristo, em questão de horas.

A fotografia então, traria ao homem a capacidade de distorcer o tempo, de eternizá-lo para bem além das interpretações impressionistas de pintores e desenhistas da época.

Embora fossem considerados estes artistas como sendo ambos mecanismos e ápices do registro humano para a época, ainda assim, suas obras eram frutos de uma transposição pessoal daquilo que retratavam. Eram visões sensíveis, leituras, transposições íntimas daquilo que viam.

Não existia, até então, algo realmente puro que fosse capaz de ‘imprimir’ a realidade profunda e explicitamente como ela realmente era, sem a intermediação emocional característicamente humana e sem a qual não se poderia pintar ou desenhar. Naturalmente, tal visão aterrorizaria o paradigma da época. E assim foi.

Além disso, tornar possível ao homem reproduzir a emoção capturada dentro do homem através de seus olhos em um lugar e transpô-la para outras pessoas em outros lugares sem que nada do registro ‘real’ da imagem fosse perdido, sem que nenhuma interpretação ou intermediação de outrem estivesse presente naquela imagem, era algo que só poderia ter a mão do Diabo.

A fotografia, que continuamente se metamorfa em algo bem menos profundo, trouxe uma colaboração profunda e transformadora para a filosofia e todas as outras artes, multiplicando a relação de intimidade do homem com sua capacidade de registrar aquilo que é real, de navegar pelo tempo e de romper a retina do pensamento durante o registro da vida.

Pode comemorar. Hoje é 19 de agosto.

E ela muito merece.

Onde está Wall-e? Encontre-o entre todos os robôs já feitos!

Onde está Wall-e? Encontre-o entre todos os robôs já feitos!:



Nesse upgrade Hightech do livro-game Onde está Wally, encontre Wall-e entre centenas de criações da ficção científica. Mais legal do que encontrar o personagem da pixar é reconhecer outros clássicos como o Dalek (dr. Who), Cylons (battlestar galactica), ABC Warrior (Juiz Dredd), B9 (Perdidos no Espaço), Gort e uma centena de outros.

Ah… para ampliar é só clicar na imagem. =P


Cientistas norte-americanos criam um robô capaz de caminhar e correr como humanos

Cientistas norte-americanos criam um robô capaz de caminhar e correr como humanos:

do Meio Bit » Meio Bit

O laboratório da Universidade de Michigan tem um hóspede incrível: MABEL.

Mabel é um robô ‘bípede’ sem cabeça e que, por ora, ainda precisa de uma barra direcional para controlar seus exercícios diários de caminhada.

Ele começou a ser construído em 2008, em colaboração com Jonathan Hurst quando ele ainda era um doutorando na no Instituto de Robótica da Carnegie Mellon University, junto de mais dois outros alunos do mesmo PhD, Koushil Sreenath e Hae-Won Park.

Muito poucos robôs tem a capacidade de correr, embora MABEL ainda pareça estar fazendo uma dança da chuva ou algo assim. O que achei bem joinha é que, se não entendi a imagem de maneira equivocada, ele está… de tênis?

A semelhança com movimentos humanos começa a surpreender, à medida que os cientistas descobrem como melhorar ainda mais seus movimentos.

O ‘dorso’ do MABEL, que controla esses movimentos, ainda é bem pesado. Tivesse ele um corpo, nesse momento, seria provavelmente impossível alcançar a velocidade e a dinâmica humanóide de seus movimentos, mostrados no vídeo abaixo:


Sabor amargo trata doenças respiratórias

Sabor amargo trata doenças respiratórias


Associated Press
Segunda-feira, 25 de outubro de 2010 - 11h41

WASHINGTON - O sentido do paladar não está limitado à boca, e pesquisadores afirmam que esta descoberta pode resultar em melhores tratamentos para doenças como a asma.
Os receptores de sabores amargos também são encontrados nos músculos lisos do pulmão e nas vias aéreas. Esses músculos relaxam quando são expostos a sabores amargos, de acordo com estudo de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Maryland, em Baltimore, publicado em uma edição do jornal Nature Medicine.
A descoberta surpreendeu o medico Stephen B. Liggett, um especialista em pulmão que identificou a associação de sabores amargos com plantas venenosas, levando o ser humano a evitar a ingestão de alimentos amargos.
Liggett acreditava que os receptores de sabores amargos nos pulmões produzem uma reação de “rejeição ou entorpecimento”, causando a rijeza do tórax e conseqüente tosse, para que a pessoa saia do ambiente “tóxico”.
“Mas não foi o que observamos”, admitiu.
Em vez disso, quando os cientistas testaram alguns componentes amargos não-tóxicos em vias aéreas de ratos e humanos, as vias aéreas se relaxaram e se abriram.
Os componentes “abriram profundamente as vias aéreas, mais do que qualquer outra droga para o tratamento de asma ou de obstrução pulmonar crônica havia conseguido até agora”.
“Essa é a graça da ciência: quando você descobre algo inesperado”, brincou.
Liggett, que espera iniciar testes com humanos em no máximo um ano, explicou que comer alimentos amargos não ajuda no tratamento da asma. Segundo ele, será necessário inalar doses suficientes de componentes em aerossol. 
Felizmente, há milhares de componentes conhecidos que possuem sabor amargo, como a quinia.